
Stella Teresa Rizzo havia chegado à casa dos portugueses na noite anterior. Trazia consigo uma pequena valise desbotada com algumas poucas roupas velhas. Usava um vestido não menos desbotado, sapatos surrados e empoeirados pela viagem de sua casa, na fazenda Esperança, até ali. Seus cabelos castanhos estavam emaranhados e presos em um coque. E seus olhos verdes eram opacos e despretensiosos. Ela tinha 15 anos e não sabia, ainda, a bela mulher que podia ser. Seu corpo grande e ossudo a deixava um tanto desengonçada e escondia segredos que nem ela conhecia. Seu andar era arrastado. Estava chegando àquela casa para ajudar na limpeza e se casar. Seus pais precisavam sobreviver.
Esta é uma narrativa que escrevi de supetão, há algum tempo, com a pretensão de que pudesse dar prosseguimento, mas acabei engavetando... Hoje resolvi publicar pois assim, quem sabe, consigo dar continuidade a ela, melhorá-la... E se você, meu caro, quiser palpitar, criticar, dar idéias, sugerir, até mesmo dividir essa história... Tudo tudo será muito bem vindo!
7 comentários:
Luci,
Não li nada ainda, já passou da minha hora, estou com um sono terrível. Mas não resisti em comentar que adorei o nome do blog. Se pudesse já teria lançado a crase ao fogo, mas...
Xero, depois venho com mais coragem e menos sono...
Na minha opinião, o texto está completo. Não precisa melhorar, completar ou enfeitar com nada. A frase final já nos dá a imagem inteira do mundo. E foi uma viagem e tanto.
"Seus pais precisavam sobreviver."
(Luci)
E agradeço de coração a forma como vc comenta os meus textos. Se tornou parte deles também e se tenho talento, você me acompanha com os mesmos adjetivos. Escrevemos e isso nos salva.
Bjs...
Lindo! Um belo começo. Descrição perfeita, cheia de sentimento, com lugar, hora, razão... òtimo.
Camilla Tebet
www.essepapo.nafoto.net
Luci, Luci, Luci!!! Se rolar um conto acompanho...gosto muito, muito mesmo. Ainda mais se for escrito por vc.
Beijos
:-)))
Como de costume, belo texto, narrativa detalhada. Ousaria dizer que senti algo de "Almodóvar" no ar. Quanto à continuidade, espero ansioso, assim como o texto que já deve estar fervilhando nessa cabeça de poeta.
Bravo!
E nada de engavetar textos!!! Eles devem ser expostos sempre!!
Adoro acompanhar suas histórias, me envolvo, sinto, me realizo. Estou muito feliz com as mensagens carinhosas que deixa pra mim, um bjo no coração minha querida poeta. Obrigada pelo incentivo.
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