
E, juro, morava com as estrelas.
Sentia, sorria, consumia.
Voava, chorava, amava.
Meditava, derramava, dilacerava.
Esvaziava. Inventava.
E palpitava.
Até fingia que escrevia.
E experimentava.
Mas depois... Depois nada, coitada.
A noite chegava, após do dia.
E nada. NADA.
Ela ainda não sabia que apenas bastava.
10 comentários:
Simples, assim, maravilhoso.
Beijo!
E quem supeita das coisas, minha querida?
Melhor mesmo é não saber nem suspeitar de anda, como assim queria o Pessoa...
Abraços sinceros...
Germano
Aparece...
Ela não sabia que apenas bastava...
Bonito assim... Simplesmente Luci!
Beijo
Nossa, parece que foi pra mim: NADA. "Depois nada, coitada". hahaha. Adorei... MAs a diferença é que vc sabe ue basta, eu não! Burra eu!
Em meio a tanto sentimento e tantas palpitações, como pode ela chamar a tudo isto de nada...
Talvez fosse melhor que ela definisse sem estar com a cabeça baixa, aquilo que realmente queria e que bastasse!
(Adoro poemas que mexem comigo).
Nuss! E mexeu mesmo! Pareceu até um daqueles dias que na imensidão do vazio descobre-se uma imensidão de sentimentos que a gente nem sabe explicar, e às vezes nem sabe que sente. Simples assim... Reticente, sempre lá, impreciso, porque estar perdida é o que há. E você sabe amiga, eu gosto mesmo é de gente perdida, assim como eu.
Uma das melhores coisas suas que já li.
"Beijos, abraços, Julie Newmar!!!"
Tem dias que me sinto tão repleta de saberes. Como se pudesse perceber e discernir em total harmonia. Muitas vezes, em dias assim, estou completamente obtusa para as palavras. E nem mesmo consigo escrever. Pelo menos os textos que me espelham. Por que os que não me espelham, escrevo cotidiana e contratualmente. Vivo disso, não é?
O bom é que - como você definiu super bem - isso quase sempre basta. Que bom que basta!
bjs. Veronica
Nada? Quem tem a companhia das letras tem tudo! Tem o infinito que pode ser criado apenas juntando-as e fazendo prosa e poesia e mundos em sua mente.
E fico aqui pensando que entre o nada e o tudo, às vezes é só um segundo, um brilho, um sorriso. E a palavra tem esse poder que pode ser simples.
Um abraço
Jacinta
Estamos as duas devagar na quantidade ou é impressão minha? Cadê vc?? saudade, liga!
Beijos
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