
Outra coisa: difícil viajar pro futuro. Ela ocasionalmente me leva alguns segundos à frente. Mas pisco os olhos e volto pra cá, pro presente.
Pro passado ela volta com freqüência. Devolve-me sentimentos escondidos.
Alegra-me e me assombra essa máquina...
Sabe de uma coisa? Vou me livrar dela. Jogá-la em um buraco bem fundo.
Desfazer-me de lembranças? Jamais, são meus tesouros. Mas quero apenas guardá-las. Não revivê-las.
E, sobre o futuro... Quando ele tornar-se meu presente, aí sim eu vou vivê-lo.
E depois, quando então tornar-se meu passado... Aí eu te conto.
Sem medo.
8 comentários:
É isso mesmo querida, o futuro quando chegar, veremos. E vc é mesmo sem medo de mostrar. Qto à sua maquininha, joga fora. Elas só servem para nos deixar louca de curiosidade, ocupadas tentando fazê-las funcionar e acabamos esquecendo que a vida é hoje mesmo. Adorei o final, pra variar.
beijos
Nunca te pensado dessa forma e a metáfora da máquina do tempo foi perfeita. Também não quero esquecer do que vivi porque são os sinais da minha história. Mas não quero ter sobre esses sinais uma visão melancólica. Vivi o que tinha que viver. E o futuro ainda vou construir. Você também. Que bom que é assim....sem máquina do tempo.
beijo. Veronica
Gostei do texto (como sempre acontece).
Lembranças são tesouros mesmo, mas viver delas é deletério. Assim, concordo com você, lembrar sem reviver.
Bjs
Uma máquina do tempo chamada mente. Essa eu tenho e assim como a sua máquina, a minha mente às vezes... mente.
Nossa,
viver o Aqui Agora. Essa é uma atitude de vida que quero prá mim. De outro modo, implicitamente falando do tempo, falo de caminho no meu último post. Que bom! sinto-me intertextualizada com você.
Beijos
Atualize, por favor. Sentimos falta dos seus textos. always.
beijos
Acho que a máquina do tempo estava ligada. Estava no deserto, cansada e com sede e em fracção de segundo apareci neste oásis...
Obrigada por ter-me salvo, Luci!!
Beijosssssssss
Luci,
Voltei... tinha viajado para o futuro ou passado, mas volto pra casa e leio você. Sempre com textos que falam da vontade de ir ou ficar. Vejo sempre a dualidade que nos cerca quando leio o que vc escreve. Querer ver o futuro é um tanto mágico, mas pode machucar. Fico com o presente e vivo cada segundo... mesmo com preguiça, vivo.
Bjs...
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