
Sim, porque plantei a semente, adubei a terra.
E irriguei o vaso.
Foram dias que viraram meses.
A flor brotou suave. Cresceu perfumada e vermelha.
Ficou feliz comigo.
Depois de muita prosa, eu também estava afortunada, confesso.
Então vieram tempestades.
Nem assim, deixei de banhar minha florzinha.
Que se mantinha ali, forte e próspera em sua vida de flor.
Mas afastei-me um dia.
E ela, sozinha, teve mesmo nada por companhia.
Acho que não viveu de ar a pobre.
Perdi-me no tempo etéreo que tudo leva.
E voltei somente agora. Ávida.
Ela não está aqui.
Nem exasperada. Nem nada.
Desapareceu, minha linda.
Padeceu?
Onde está a flor que esqueci de regar.
Se não secou e nem morreu?
Estive ausente por um longo inverno. Refloresço agora.
8 comentários:
Em grande estilo você volta, que bom! a flor continua dentro da gente, sendo a gente, esperando um sinal para despertar e reflorescer, como você mesma diz.
Adorei te ler hoje, moça. As ondas vêm e vão, e podem jogar a gente prá cima.
Beijos
... ela está em qualquer lugar terroso, forte e pertinente. ainda é raiz.... bjo
Todas as flores que regastes, sobreviveu, Luco. Mas aquelas que não, sucumbiu.
Não há resistencia sem carinho.
Seja bem vinda, lindíssima!
Muac!
A flor viveu!
Concordo com Suzana, ela ainda é raiz e está ai, basta vc continuar na busca. Muito bom saber que vc voltou. Então também voltei a te ler. Com muito prazer digo: que bom.
Ai, que bom!! Senti muita saudade de você, minha amiga flor!
E que linda poesia!
Beijo,
Ana
Que bom que voltou!!!
Depois que floresce, frutifica e dá semente, o vento leva e ganha o mundo!
Sua flor se espalhou, nem secou, nem morreu.
Beijo.
FELIZ NATAL, amiga querida!
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