sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Alice

O que há, de novo, na terra de Alice? Há tempo. Isso é o que há agora. E ela, pobre menina sempre muito ocupada, não sabe mais o que fazer. Passa, então, a observar a vida. Vê as pessoas irem e virem. Olha as plantas crescendo. Enxerga o invisível. Sente, de súbito, um gosto amargo. Porque se descobre encoberta de uma manta superficial, que apenas aparenta aquecer. Tudo, ao redor, parece cenário. Tem gente que nasce atuando. Outros morrem de tanto aparentar. A menina percebe-se no aquém do ser. Mais que estar. Quer, como nunca, o relógio há pouco roubado. E, determinada, sai a buscar. Agora tem um mapa e um tesouro. A vida volta a ter sentido.

4 comentários:

Toninho Moura disse...

Navegar é preciso. Viver também é!

Camilla Tebet disse...

Esse texto me parece de uma menina batalhadora... que corre atrás de fazer novas histórias da vida dela.
Vc.

. disse...

Saber o usar o tempo é realmente ter o mapa e o tesouro nas mãos. O tesouro é a vida, e o tempo, o mapa.

Beijos e pétalas.

Jacinta Dantas disse...

Bonito isso: "tem um mapa e um tesouro": projetos, sonhos e vontade faz a gente colocar o pé no presente e ir fazendo, vivendo.
Um abraço
estava com saudade de suas postagens.