quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nada


Semicircula em mim um desejo semicerrado. Um fome incompleta. Uma falta desprovida. Um vácuo inócuo. Um algo desolado. Inacabado e impossível. O branco invisível assola a dor atormentada por estar desprovida de sentir. Que é, meu Deus, que machuca sem doer?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um minutinho


Hoje, depois de meses ausente, voltei um minuto. Ou dois. E em segundos pude, enfim, voar. Não por horas. Mas uma fatia fina de tempo. Isso: me esqueci, por ricos milésimos de segundo do minuto da hora extraviada, que há ponteiros no controle... Por isso abri as asas quase atrofiadas. Elas não esqueceram como voar. E sorriram, como se isso realmente fosse possível.

É promessa: vou voltar!